terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Eu

Eu que busquei o amor onde ele não andava
Eu que tropecei nas muitas pedras do caminho
Eu que vi meu coração ferido por espinhos
E vi minha vida escorrer por entre os dedos

Eu que, desiludida, maldisse o amor
Eu que, quase sem forças, atirei-me ao chão
Eu que enrijeci o coração e em nada via encanto
Eu que já não podia entoar meu canto

Eu que descri na verdade de um olhar apaixonado
Eu que destruí a inocência em minha alma
Eu que feri a quem me amou e fui ferida
Eu que andei pela estrada distraída

Redescobri, em um sorriso, a vida
Como a fênix das cinzas renascida
E eu que antes não havia percebido
Que mais se ganha ao perder o sentido
Desfruto agora do prazer de um novo amor

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