terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A ti, poeta vil

Tentaste-me seduzir com tua poesia vil
Escolheste vocábulos dóceis
Talhaste bem as estrofes
Deste aos versos fluído tranquilo

Tentaste-me cegar para que eu não visse
O quão miserável era o que me querias dar
Como era mísero este teu "amar"
Egoísta, pequeno, louco!

E quase me perdi no que disseste
Fadando-me à prisão de um destino sórdido
Pois que condenação mais perversa há
Que a de jamais provar do que o verdadeiro amor pode dar?

Mas tua poesia chafurda na lama, poeta!
É porca, é vil, é nojenta!
E a lama irrita, uma hora, aos olhos sensíveis
E os versos, então, já não são críveis

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